quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Entrevista com Cynthia Rosenburg e André Trigueiro

Resenha
Baseada no livro:ASHLEY, Patrícia Almeida (coordenação). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002.
Resenha dos capítulos 10 e 11, página 136 ao final

O objetivo deste trabalho foi levar a noção de responsabilidade social a uma empresa através da transformação de sua equipe de trabalho e satisfação da clientela ao inserir no quadro de funcionários uma equipe da terceira idade para trabalhar nos finais de semana e feriados, com a finalidade de dar folga aos demais funcionários nestes dias.
Trata da experiência de uma firma de RH recrutando pessoas acima de 55 anos de idade, no projeto de uma empresa sem política de responsabilidade social.
O tema tem sido muito discutido, porém, só assumem responsabilidade pessoas que possuem auto-estima, poder e sentimento, o assunto engloba os valores éticos, morais, intelectuais e as contribuições a favor dos carentes, incluindo funcionários, clientes e fornecedores.
Quanto à terceira idade, também foco de mudanças conceituais, não mais velhice, é um bem a ser conquistado: “a eterna juventude”. Os idosos têm se tornados ativos, “arrimo” da família, fonte de consolo dos desafortunados. Porém, nem todas as atividades lhes são propícias. Na empresa de recrutamento, numa entrevista dos que procuravam trabalho, descobriu-se em comum: a sensação de inutilidade (como que tivessem perdido a identidade) o alijamento social (restrito universo social), insegurança diante do avanço tecnológico e o financeiro.
Então, a empresa de R H injetou-os num supermercado que estava com o seguinte problema: abria todos os dias, inclusive no domingo, os funcionários faltavam ao trabalho nos finais de semana e, quando iam, prestavam mal atendimento. Os novos contratados trabalhariam somente aos finais de semana, para dar folga aos outros trabalhadores. Era explicado ao público que os maiores de 50 anos eram mais pacientes, responsáveis e experientes. A clientela aprovou, encorajando-os a ponto de aumentar o percentual de vendas dos finais de semana. Com este trabalho, os novos contratados ajudaram financeiramente suas famílias, muitos voltaram a estudar, diminuindo a incidência de doenças. “Vestiram a camisa” da empresa. Apaziguou-se o clima da empresa e esta ficou satisfeita.
Os funcionários de uma organização socialmente responsável têm orgulho de nela trabalhar, sabendo que existe integração dos objetivos sociais e financeiros. É somente através da responsabilidade social que haverá bem estar entre a equipe, e para com terceiros, maximizando os resultados e trazendo sustentabilidade para suas estratégias.
As organizações do setor público também são questionadas sobre o cumprimento da responsabilidade social. Nesse contexto, o Banco Central do Brasil foi escolhido como base do estudo, por se tratar de uma organização pública chave para as políticas econômicas do país.
A globalização levou o mundo à conscientização da necessidade de considerar os problemas sociais decorrentes do sistema. As questões morais, políticas e sociais não têm acompanhado o desenvolvimento tecnológico, que possibilitou tal globalização. Por isso, hoje existe o pensamento de responsabilidade social nas empresas, mesmo ainda, em passos lentos.
Sabe-se que as organizações públicas existem para suprir os anseios da sociedade, contudo não existem muitos estudos que contemplem esta área.
Para que o exercício da accountability ( prestação de contas sobre a responsabilidade social ) seja realizado pelas organizações estatais, é importante a participação popular, porém no Brasil, ainda existe esta deficiência.
O Banco Central é uma organização de interesse totalmente público, sendo capaz de aumentar o bem estar da sociedade. Ele cuida da estabilidade interna e externa da moeda ( política cambial ) e pelo equilíbrio do sistema bancário e financeiro, procurando sempre manter o poder de compra da moeda, e no caso brasileiro isto foi garantido na Constituição Federal de 1988.
O relacionamento adequado com a sociedade é elemento da responsabilidade social dos bancos centrais. Atualmente, os bancos centrais se preocupam em ser transparentes e abertos à sociedade, graças às mudanças globais. O bom relacionamento com a sociedade permite ao Banco Central influenciar a melhoria do bem estar social, ao reduzir as incertezas concernentes ao futuro da economia.
Um fator interessante a ser analisado é que, quanto maior for a autonomia do Banco Central, maior será sua responsabilidade social. Através de abertura de canais de comunicação com a comunidade, este pode conscientizá-la sobre a matéria econômica.
A partir do Plano Real, o Banco Central do Brasil foi obrigado a intensificar seu relacionamento com a sociedade, graças a diversos setores sociais, como, por exemplo, a imprensa, e em 1997, esse contratou uma assessora de imprensa, possibilitando maior quantidade de entrevistas e artigos sobre o Banco. Houve melhorias nas centrais de atendimento, com informações também via e-mail.
O projeto “Banco Central Escola” o aproxima da juventude. Isto mostra sua importância na eliminação de barreiras entre economia e sociedade. O Banco Central é o responsável pela divulgação de sua atuação junto à sociedade, sendo a comunicação um fator importante em sua responsabilidade social, sendo a primazia o adequado cumprimento de sua missão. Para que isso aconteça, o bom desempenho do Banco depende da qualidade das pessoas que o integram, e essa qualidade depende diretamente do tratamento que lhes é dado. Os funcionários, internamente, e a sociedade, externamente, são os principais responsáveis pela definição de suas políticas de responsabilidade social. Mas, sabe-se que ainda há um longo caminho a ser percorrido, para que a organização mude em benefício de toda a sociedade.
A autora traz no apêndice várias pesquisas atreladas aos cursos de graduação e pós-graduação sobre a temática exposta, citando algumas instituições, e finaliza informando sites nacionais e internacionais sobre responsabilidade social.



Entrevista com Cynthia Rosenburg e André Trigueiro
09/10/2008 - 14:11André Trigueiro e Cynthia Rosenburg falam sobre sustentabilidade, de acordo com o olhar dos jornalistas Por Fátima Cardoso, para o Instituto Ethos no Jornal Dia a Dia.
http://www.jornaldiadia.com.br/imprimir_noticia.php?id=27028;


Resumo:
O Instituto Ethos entrevistou dois jornalistas premiados por suas contribuições na divulgação da responsabilidade social. Foi comentado que o enfoque jornalístico não esta voltado aos aspectos da sustentabilidade, que é fator importante à responsabilidade social. Cynthia Rosenburg disse ainda que ninguém aprendeu a visualizar as coisas completamente, inclusive os empresários, cidadãos e consumidores. Porém, há esforços no meio jornalístico para que este quadro venha a mudar, citando o exemplo da jornalista Miriam Leitão. O envolvimento da entrevistada nestas questões se deu, segundo ela mesma, ao perceber a importância que este assunto iria produzir junto à sociedade. Para ela, as empresas necessitam ser claras na questão de responsabilidade social, e aos jornalistas cabe a tarefa de “peneirar” as informações com o objetivo de separar o “joio do trigo”.
Para André Trigueiro, a mídia deve sinalizar rumos e perspectivas às boas práticas de responsabilidade social. Segundo ele, a cultura, informação, ousadia e coragem são ingredientes importantes aos jornalistas que estão envolvidos no tema da responsabilidade social, pois é um assunto que incomoda e gera mudanças no comportamento da sociedade.

Análise Crítica:
A atual resenha trouxe a importância do papel da imprensa na divulgação da responsabilidade social nas empresas, ratificado pela entrevista do Instituto Ethos com dois jornalistas sobre a sustentabilidade, que envolve a responsabilidade social das empresas, bem como o papel do jornalismo nesta discussão. Cynthia Rosenburg trouxe uma grande contribuição ao dizer que há esforços voltados para que este tema amadureça no meio jornalístico. Outro aspecto importante é o fato de que a comunicação pode ser uma ferramenta de grande valor para a divulgação da responsabilidade social. segundo André Trigueiro, a possibilidade de que a imprensa sinalize rumos e perspectivas às boas práticas de responsabilidade social. A declaração destes jornalistas está em conformidade com os eventos atuais de implementação de responsabilidade social nas empresas.

sábado, 11 de outubro de 2008

Os dez mandamentos de responsabilidade social



Resenha

Baseada no livro:

ASHLEY, Patrícia Almeida (coordenação). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002.

Resenha dos capítulos 7 ao 9, páginas 92 a 135

O livro nestes 3 próximos capítulos, traz a pratica de responsabilidade social, entrevistando 4 empresas, no capitulo 7, apresentando o comportamento social das organizações de Londrina, no capitulo 8, e no seguinte, o aspecto social das cooperativas.

O objetivo futuro é haver um rancking para divulgação das ações sociais. Os resultados obtidos demonstram que todas têm preocupação em ser socialmente responsáveis, publicando balanço social, contudo sem uma auditoria social. A conduta dos funcionários espelha a postura ética do líder, pois na maioria das empresas os trabalhadores não têm conhecimento do código de ética social e nem treinamento sobre este.

Os dados sobre doações filantrópicas são facilmente obtidos, porém sem a existência de um código de ética social; já as informações de problemas com funcionários não são facilmente obtidas, quando conseguidas. Não há benefício que exceda aos fixados em lei, como: número de contratação de deficientes físicos. É buscada maior qualidade no relacionamento com clientes, com consumidores, com o meio, com fornecedores; utilizando-se de ouvidorias, proporcionando reciclagens, exigindo parceiros socialmente responsáveis, isto sem perder de vista o aumento da lucratividade. Com a comunidade as empresa ajudam mais com doação financeira do que com a interação participativa.

Em Londrina, as empresas prestadoras de serviço são as mais estruturadas na realização de atividades voltadas ao campo social. Possuem programas, departamentos, atividades sociais, específicas para este atendimento social, sendo também o ramo que mais divulga na mídia externa suas realizações sociais. As indústrias pensam que responsabilidade social é priorizar o tratamento com os funcionários; oferecendo-lhes maior qualidade de mão de obra, diminuição dos conflitos e aumento de produtividade. Já o setor de comércio investe na arte e na cultura como forma de investimento social.

Observando-se as filiais, foi detectado que 25% destas atuam socialmente onde estão instaladas, sendo que as demais atuam onde se localiza a matriz. Porém, as grandes entidades, não possuem projetos para as diversas regiões do país, levando as filiais a agirem socialmente com as mesmas estratégias. Entretanto, estas ações sociais não possuem alcance necessário, pois as necessidades nos locais das filiais são diferentes às da matriz, e a participação dos funcionários é quase que obrigatória, porque não opinam, não sugerem, apenas cumprem as determinações. Também existem, assim, dispêndios financeiros inúteis.

Os resultados de Londrina revelam o envolvimento empresarial com a questão social, contudo, de forma amadora. È necessário crescer, alcançar melhores resultados, ser profissional no tema, baseando-se na solidariedade, sustentabilidade, igualdade, aproximando os diferentes grupos sociais, etc., com a finalidade de que estas instituições sejam

Pólos de desenvolvimento de novas metodologias em instrumentos que irão subsidiar tecnicamente as empresas. Estes procedimentos serão aplicados com o intuito de aumentar os benefícios de atuar socialmente e contribuir para o fortalecimento da ação social (ASLEY 2002, p116).

Cooperativismo significa trabalhar em conjunto. Desta forma, cooperativas são instituições econômicas que visam à cooperação social. O desempenho da cooperativa como empresa é medido pelos seus aspectos econômico-financeiros, e o desempenho como associação é medido a partir de seus aspectos sociais.

Conclui-se que a dimensão social das cooperativas é avaliada por índices sociopolíticos que levam em consideração o grau de participação dos cooperados, bem como os benefícios a eles gerados.

Resumo

Escrito por Stephen Kanitz, em http://www.kanitz.com.br/impublicaveis/responsabilidade_social.asp

I. Para a implantação de um projeto social, é necessária uma pesquisa junto às entidades sobre o que elas almejam.

II. O que as entidades sociais precisam não vão de encontro com o que às empresas oferecem.

III. As empresas que assumem compromissos com movimentos sociais, devem ser responsáveis pelo sucesso ou fracasso dos mesmos.

IV. Existe uma seriedade em praticar responsabilidade social.

V. Não publicar vantagens feitas em projetos sociais, mas aumentar a participação junto às entidades.

VI. Dedicar-se na viabilidade e manutenção deste projeto social.

VII. Investimentos das empresas nas áreas sociais são repassados para o preço final dos produtos.

VIII. Institutos com o nome ou marca de empresas não se envolvem em problemas sociais complicados.

IX. O uso de critérios empresariais para definir quais projetos apoiar, devem ser descartados, pois este é um setor de critérios humanitários.

X. Responsabilidade social está ligada à filantropia e voluntariado, regida por afeto e compaixão.

Análise crítica

O texto “Os Dez Mandamentos de Responsabilidade Social” procura mostrar como deve ser pensada e praticada a responsabilidade social, de um modo divergente daquele apresentado no livro em alguns pontos, como a utilização da marca para promover a ação social, pois as empresas atuam apenas em áreas de interesses próprios, sem a participação da comunidade e envolvimento dos empregados, contradizendo a verdadeira intenção da boa prática social, e converge em outros, como a ênfase na temática da filantropia onde o livro aponta para um envolvimento direto das empresas nas ações sociais e não somente a doação financeira. Também se assemelham quando prezam que responsabilidade social deve ser realizada segundo a necessidade do local onde a empresa esta inserida e não seguir a pratica social da matriz.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Os novos papeis de empresas, sindicatos e trabalhadores diante das transformações no mundo do trabalho

RESENHA
Baseada no livro:
ASHLEY, Patrícia Almeida (coordenação). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002.

Resenha dos capítulos 4 a 6, páginas 48 a 89

Estes três próximos capítulos discutem a visão de responsabilidade social associada às noções de ética (como valor moral) e cultura. E na era da globalização e do terceiro milênio, houve um aprimoramento imprescindível às organizações, que é a interação de diferentes culturas e permanecendo atuante no mercado. Estão atrelados os conceitos de responsabilidade social, ética, cultura e valor moral, pois não há como se praticar responsabilidade social sem ética, e vice-versa. As organizações precisam ater-se não só às responsabilidades econômicas e legais, mas também às morais, sociais e éticas
O Instituto Ethos (2007) diz: “A ética é a base da responsabilidade social, expressa nos princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos negócios.” E afirma ainda com convicção.
A globalização traz-nos uma maior cobrança de padrões éticos, e exerce forte pressão social e econômica nas empresas, levando-as a constante auto-análise, que às vezes assumem funções tradicionais do Estado.
A visão da ética nos negócios atendo a valores morais, socialmente responsáveis, está se tornando hegemônica. Portanto, cabem às organizações as seguintes atitudes, segundo a autora:
- preocupação com atitudes éticas e moralmente corretas que afetam todos os públicos/stakeholders envolvidos (entendidos da maneira mais ampla possível);
- promoção de valores e comportamentos morais que respeitem os padrões universais de direitos humanos e de cidadania e participação na sociedade;
- respeito ao meio ambiente e contribuição para sua sustentabilidade em todo o mundo;
- maior envolvimento nas comunidades em que se insere a organização, contribuindo para o desenvolvimento econômico e humano dos indivíduos ou até atuando diretamente na área social, em parceria com governos ou isoladamente. (ASHEY, 2002)

Para entender responsabilidade social corporativa, é necessário compreender seu vínculo com a dimensão cultural na qual a empresa está inserida.A prática da responsabilidade social, associado à postura ética, terá valor quando incorporada à filosofia da empresa, sendo naturalmente assimilada como um fator importante em suas metas de apoio à sociedade.
A economia capitalista fundamentava-se no extrativismo radical sem precedentes. Agora, os recursos não renováveis encontram-se em estado de alerta, conduzindo a todos a repensarem o uso do ambiente; advindos da crise da modernidade, levando, desde as sociedades até as organizações, a debates que envolvem a matéria econômica associada ao meio ambiente.
Assim, ao planejar é necessário à empresa reiterar das políticas de gestão ambiental, pois tem limitações externas (legislação ambiental, os ambientalistas...) e internas (diminuição do consumo de material e energia, reciclagem, reaproveitamento...) e para as que anseiam participar no mercado externo é necessário o “selo verde” e ou o ISO14000, no sentido de real preservação do meio (como não emissão de poluentes).
O compromisso empresarial deve ir além dos interesses econômicos, pois a sociedade é capaz de perceber os interesses presentes nos bastidores das organizações. A empresa deve aplicar a responsabilidade social com naturalidade, ou seja, verdadeiramente compromissada com a busca de soluções dos problemas, em benefício da sociedade. Pelo Instituto Ethos, A prática demonstra que um programa de responsabilidade social só traz resultados positivos para a sociedade, e para a empresa, se for realizado de forma autêntica. Apenas para divulgar a empresa, não traz resultados positivos sustentáveis ao longo do tempo (INSTITUTO ETHOS 2007),.
Para que a empresa busque a prática de responsabilidade social, é necessário que ela defina claramente sua missão, colocando sempre a ética acima de tudo. Sabemos que a prática da responsabilidade social é imprescindível na agenda das empresas do século XXI.
A responsabilidade social fortalece a relação entre a empresa e a sociedade, valorizando o ser humano como responsável pelo desenvolvimento de ambas as partes.
O grande desafio do século XXI é conciliar lucro com: preocupações sociais, ambientais e éticas. http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3344&Alias=ethos&Lang=pt-BR, pesquisado em 15/05/07
A matéria foi postada em 17/09/2008, por Fonte: Fátima Cardoso/ Edição: Benjamin Gonçalves, no site http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3345&Lang=pt-B&Alias=Ethos&itemNotID=8924
Resumo:
Em realização do III Seminário Capital e Trabalho, Itacarambi (Ethos) destacou: “uma sociedade a caminho da sustentabilidade demanda produtos e serviços sustentáveis, cujos impactos econômicos sociais e ambientais sejam equilibrados”, necessitando desenvolver-se um mercado responsável, que eleve os direitos humanos associado ao desenvolvimento econômico.
Muçouçah (OIT) cita criação da agenda nacional do trabalho decente, pela geração de mais e melhores empregos, mencionando ser este um paradigma apontado para estratégias de ação frente à crise mundial de empregos.
Carlos Lupi acredita ser a qualificação dos trabalhadores com responsabilidade social o que dá sustentabilidade ao crescimento da economia; constatando avanços nas metas de criação de emprego, contudo dificuldades em estabelecer-se trabalho decente.
Pochmann (IPEA) relata indicadores de expansão econômica em relação ao déficit de postos de trabalho, revelando a necessidade de adequação dos empregos futuros a novos moldes, exigindo investimento em educação.
Brunini (Basf) encerra chamando atenção para o entendimento dos gestores às mudanças desta nova relação empresa-trabalhadores.


Análise Crítica:

A reportagem destaca pontos relevantes debatidos no III seminário Capital e Trabalho – compromisso estratégico para a sustentabilidade, relatando a necessidade de adaptação às transformações ocorridas nos últimos tempos, principalmente referente à relação empresa-trabalhadores, pelo entendimento da necessidade em se desenvolver uma responsabilidade social baseada em ética, acompanhada do desenvolvimento de um mercado responsável, para o atendimento das novas demandas.
Constata-se convergência entre a idéia do tema da reportagem com a do livro “Ética e Responsabilidade Social nos Negócios” de Patrícia Almeida Ashley, sustentando o argumento de que: “Hoje em dia as organizações precisam estar atentas não só as suas responsabilidades econômicas e legais, mas também as suas responsabilidades éticas, morais e sociais” (ASHEY, pag.50).
Encontra-se, ainda, submetido ao foco temático em questão, a preocupação em se definir a estruturação do conceito cultural da organização, proporcionando uma avaliação do seu papel na vida das pessoas.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

PARECE, MAS NÃO É: COMO IDENTIFICAR O FALSO SUSTENTÁVEL?


Resenha

Baseada no livro:

ASHLEY,  Patrícia  Almeida(coordenação). 
Ética e responsabilidade social nos negócios.
São Paulo: Saraiva,2002.

Resenha dos capítulos 1 ao 3, até a página 47

Nestes três primeiros capítulos, a autora conceitua Responsabilidade Social, traz uma abordagem histórica sobre o tema, inclusive com uma perspectiva futura, e apresenta a empresa como uma rede de relacionamentos desta com indivíduos, grupos, organizações, com as quais interagem denominados stakeholders.

O conceito ainda está em construção, no século XIX, Responsabilidade Social era prerrogativa do Estado ou Monarquia, que concediam benefícios àqueles que agiam com alguma responsabilidade. Depois da Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, o mundo empresarial priorizou a maximização dos lucros a qualquer custo, um verdadeiro capitalismo “selvagem”, a filantropia somente podia ser usada se trouxesse aumento nos resultados. Porém com o advento da globalização, a crescente tecnologia, a acirrada competição organizacional, Responsabilidade Social tornou-se um incremento de diferenciação neste mercado, sendo visto como fonte de aumento e potencialização dos lucros.

Oliveira (2007) confirma dizendo que hoje a sociedade é mais participativa, tem efetiva consciência de seus direitos e cobra uma postura mais responsável das empresas. Pois, para ele, Responsabilidade Social são práticas não só assistenciais, mas também que melhorem o meio ambiente e a comunidade. As empresas têm investido não somente em preço e qualidade dos produtos, mas agora em “confiabilidade, serviços de pós-venda, produtos ambientalmente corretos, relacionamento ético da empresa com seus consumidores, fornecedores e varejistas, além de práticas ligadas ao ambiente interno” ASHLEY (2002, p.5) e o Instituto Ethos (2007) define Responsabilidade Social como uma relação transparente entre a empresa com todos aqueles que com ela interagem com vistas ao “desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais” Instituto Ethos (2007) .

A autora define Responsabilidade Social como

o compromisso que a empresa tem com o desenvolvimento, bem-estar e melhoramento da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e comunidade em geral. (...) Assim, numa visão expandida, responsabilidade social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. ASHLEY (2002, p.7)

Porém o tema é alvo de criticas quando analisado estritamente como economia de mercado e o investimento em Responsabilidade Social seria dispêndio, reduzindo a lucratividade dos sócios,segundo a autora; assim também Milton Friedmam diz que a única responsabilidade da empresa é para com os sócios, a fim de maximizar os lucros; (existindo instituições sem fins lucrativos, como igrejas, sindicato... para atuar com este fim); enquanto outros autores opinam que ser “socialmente responsável é um dos pilares do negócio, tão importante quanto qualidade, técnica, capacidade de inovação” ASHLEY (2002, p.8) . Keith Davis apud Ashley (2002) assegura que a empresa utiliza da sociedade para realização de suas atividades, então é justo que a empresa a retribua, pois Responsabilidade Social se direciona para vários setores como, acionistas, ambiente, funcionários, governo...

Corroborando, o Instituto Ethos afirma que as

empresas socialmente responsáveis são: agentes de nova cultura empresarial e de mudança social; produtoras de valor para todos – colaboradores, acionistas e comunidade; diferenciadas e de maior potencial de sucesso e longevidade ASHLEY (2002, p.11)

Interessante a autora levantar reflexão de o consumidor também necessitar ser responsável, comprando o que precisa e não o que quer, independente do consumismo pregado atualmente.

Como perspectiva futura é deixado como desafio pela autora:

- avaliação de desempenho: uma autocrítica da empresa baseado no desempenho das empresas proposto pelo Institute of Ethical and Social Accoutability;

- Responsabilidade Social: deixando o debate estar restrito à empresa, mas a discussão alcançar os indivíduos, o consumidor e a educação (em amplo sentido);

- e transparência organizacional: construindo relações de confiança, incentivando e adotando parcerias que agreguem valor, tomando decisões pautadas em questões ambientais, sociais e econômicas.

Os stakeholders têm objetivos individualistas, perfis culturais distintos quanto à Responsabilidade Social, como acionistas (objetivam maximização dos lucros, sendo que as contribuições devem ser feitas individualmente e não através da organização); Estado (preza pelo cumprimento das obrigações legais), comunidade (Responsabilidade Social com caráter assistencial); empregados (anseia que a empresa atraia e retenha funcionários e a empresa a vê como política de recursos humanos); fornecedores e compradores (que a empresa atenta para os praticantes da Responsabilidade Social), enfim, que a organização objetive o desenvolvimento sustentável, preservando o ambiente natural.

Fontes consultadas:

OLIVEIRA, Tiago M.; FORMENTINI, Márcia - Ética e Responsabilidade Social - Repensando a Comunicação Empresarial. Disponível em

http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/responsabilidadesocial/0189.pdf


PARECE, MAS NÃO É: COMO IDENTIFICAR O FALSO SUSTENTÁVEL?
 
 

A matéria, não assinada, oriunda do jornal “O Estado de S. Paulo”, de 04/09/2008, veio-nos ao conhecimento através do site: http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3715&Lang=pt-BR&Alias=Ethos&itemEvenID=4813

 
Resumo:
 O comportamento do empresário se distingue em duas formas, o ingênuo,
que tem a pretensão de contribuir para mudanças, mas não se informa
sobre o assunto e acaba por não fazer nada para modificar suas atitudes,
e o outro, que é aquele que assume um discurso de sustentabilidade, inves-
tindo em uma postura de marketing agressivo, mantendo os velhos padrões
de produção direcionados ao lucro dos acionistas, ou seja, uma imagem de
empresa verde e que continua a provocar impactos ambientais. Um exem-
plo é uma empresa financiar uma ONG com alguma atividade ambiental
para encobrir impactos ambientais, como desmatamento, poluição; afirma
Paulo Itacarambi,diretor executivo do Instituto Ethos.
No exterior o Greenwashing, prega o Apelo Verde como embalagens
mencionando o benefício ambiental de reciclagem não sendo mencio-
nado o custo de produção ou se a decomposição trará prejuízo à ca-
deia alimentar, ou seja, a consciência ambiental e a responsabilidade
social se interagem e ao mesmo tempo se dividem quando são dire-
cionadas aos empresários e acionistas que criam marketing para ma-
quiar seus impactos.

Análise crítica:

Os argumentos da matéria foram divergentes do constado no livro, contradizendo a temática lá apresentada, porque o artigo publicado tem uma visão clássica do assunto, priorizando vendas e resultado a qualquer custo, enganando, iludindo, ao consumidor com falsa idéia de ações praticadas com Responsabilidade Social, um verdadeiro capitalismo “selvagem”. Aproximando-se (as empresas do artigo) à postura de Friedmam que visava maximização de lucros, e até usava a filantropia como meio de aumentar seus resultados.

As atitudes destas firmas estão (dentre das abordagens apresentadas pela autora no livro), como “abordagem pré-convencional”, com orientações voltadas para si mesmo, buscando o auto-engrandecimento; enquanto que a autora defende a prática de Responsabilidade Social com ética e com compromisso.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Carta aberta enviada aos conselheiros da Petrobrás.

O texto "Movimento nossa São Paulo alerta conselheiros da Petrobrás para os efeitos do enxofre no diesel" foi publicado em seis de maio de 2008 no site "motonline – informação sem impressão" , no endereço http://www.motonline.com.br/default.asp?cod=10162&categoria=6.

Resumo
O movimento Nossa São Paulo, que reúne mais de 470 organizações, conseguiu junto ao Conar suspender a veiculação de dois anúncios publicitários da Petrobrás, por divulgarem a idéia falsa de que a estatal tem contribuído para a qualidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do país.
O óleo diesel produzido pela estatal é um dos piores do mundo, diminuindo a qualidade de vida dos brasileiros. A proporção de enxofre é de 500 ppm/S e recomenda-se 50 ppm/S.
Responsabilidade social empresarial não é somente promover ações sociais, é necessário que se avalie os impactos que seus produtos irão produzir na vida da população, bem como no meio ambiente.
Por isso, as entidades que escreveram e assinaram esta carta, dirigiram-se às autoridades administrativas da Petrobrás a fim de que esta tome as providências necessárias, uma vez que está em jogo sua reputação e credibilidade mundial.

Análise Críica
A carta faz um apelo aos diretores da Petrobrás para que esta tome consciência do mal que têm feito à população quanto a presença de enxofre no óleo diesel. Comunica também a suspensão de dois anúncios publicitários por determinação do Conar, que entendeu como falsas as declarações existentes nos comerciais.
Esta matéria denuncia o uso da propaganda sobre responsabilidade social como forma de marketing, em detrimento de seu aspecto comprometido com a ética, sendo por isso, proibida sua veinculação.
Uma empresa com o porte da Petrobrás, além de promover projetos sociais, deve zelar pela saúde da população. Independentemente da lei, precisa assumir uma postura responsável frente à sociedade, e corrigir quaisquer danos que venham a atingir a saúde pública e o meio ambiente. Isto é necessário caso ela queira manter sua reputação e credibilidade como empresa socialmente responsável.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Balanço social

Composta de duas matérias, sendo a 1ª o relatório dos assuntos econômicos da Comissões do senado, publicado em 25/04/08, no endereço http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia=74245&codAplicativo=2, por José Paulo Tupynambá, da Agência do Senado, e a segunda é a divulgação do balanço social da Gol 2007, no dia 27de abril de 2008, por Adriana Bueno nos sites: http://br.noticias.yahoo.com/s/080426/24/gjmut2.html e http://www.prnewswire.com.br/news/080400000175.htm

Resumo
A senadora Lucia Vânia pôs em pauta o projeto PLS224/07, que propõe: a instituição do Balanço Social Empresarial, a ser publicado anualmente, demonstrando as informações econômico-sociais, quantitativas e qualitativas, da empresa; retratando os reflexos na sociedade da relação organizacioanal; assim como, a criação do Selo Empresa Responsável a ser concedida às empresas que pubicarem os citados balanços, sendo vedada a concessão àquelas que comprovadamente cometerem crimes ambientais, trabalho infantil, trabalho forçado, ou qualquer outra prática condenatória.
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. publicou seu Balanço social de 2007, reunindo suas ações e projetos sociais realizados pela companhia, que não só doou bilhetes aéreos para organizações da sociedades civil carentes de recursos, como também reprova e rejeita produtos de empresas que não preservam o ambiente, promovem o exercício da responsabilidade social com realização de atividades nas áreas social, cultural, esportiva e ambiental, querendo demonstrar que nasceu já com o compromisso de participar da construção de uma sociedade mais responsável.

Análise
Os autores são ousados em buscar destaque para si e sua empresa , ao tratarem de matéria de ponta, são convergentes ao tema. Administrativamente esta foi o máximo, pois antes mesmo da imposição legal, empresas não só têm praticado responsabilidade social, bem como divulgado em demonstrativo contábil legal.
Balanço social, contabilmente é uma demonstração de carater econômico a fim de informar o aumento de riqueza proporcionado ao país resultante da operacionalização da empresa, sendo uma oportunidade de divulgação dos benefícios (como as formas de mais valia aos empregados, como planos de saúde, previdência complementar, maior qualidade na alimentação; ao ambiente; aos diferentes grupos da sociedade). Mas também é uma ferramenta de marketing, que aliada ao moderno conceito de responsabilidade social, comunica a toda comunidade suas ações, a fim de fortalecer a empresa, aumentando sua credibilidade, trazendo aumento de resultado. A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A., antevendo a uma imposição legal, já apresenta o referido demonstrativo com suas "ações sociais".

terça-feira, 29 de abril de 2008

Produção responsável na ordem do dia

Fernanda Yoneya, escreveu para o jornal "O Estado de S.Paulo", em 16 de abril de 2008, publicado no site http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup157445,0.htm .

Resumo:
A autora diz que a agricultura deve associar a preservação do ambiente com o respeito às regras sociais e trabalhistas, pois uma produção sustentável estrutura-se no tripé (da eficiência, da responsabilidade social e da preservação ambiental). Opinião também do Instituto Ares (Instituto do Agronegócio Responsável), que foi criado com a finalidade de facilitador do conceito de sustentabilidade na produção, uma vez que os desafios sociais são pertinentes a todos os setores empresariais. Assim, este Instituto preocupa-se tanto com questões humanas, quanto com aspectos técnicos como o bom uso da água, devolução de embalagens de agrotóxico, criação de certificado (que atesta a obediência a certos pré-requisitos, como a não utilização de trabalho forçado, infantil...). Prevêem que a listagem de determinações e exigências esteja concluida até 2009, estando já muitos produtores seguindo aquelas que já existem a fim de não perder competitividade, uma vez que produzir com responsabilidade social tornou-se pré-requisito para manter-se no mercado, principalmente externo.

Análise
A autora é inovadora e com determinação traz a aplicação do tema da responsabilidade social no campo, associando esta não só ao marketing, mas à sobrevivência da empresa neste mundo globalizado, expondo que principalmente no exterior, os produtores não atentos à responsabilidade social perdem mercado, pois essa, lá fora, é pré-requisito. Vemos a convergência desta matéria com o tema, bem como com as postagens anteriores, onde tem sido retratado – mesmo que nem sempre por ética – a importância e a necessidade de empreededorismo com responsabilidade social que também agrega valor ao negócio, trazendo garantias sociais e até mesmo maior qualidade de vida ao utilizar corretamente os insumos, ao proteger o ambiente, ao se preocupar com os trabalhadores. Para a adminstração é interessantíssimo esta interrelação da responsabilidade social com o setor primário da economia, pois vemos que este tema de alta complexidade não está sendo tratado como modismo, mas os diversos setores organizacionais estão empenhados em sua implantação e execução, mesmo que "forçosamente".

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Relatório minoritário

Este texto foi escrito por Carla Guedes e retirado do site www.reputation.com.pt tendo a noticia sido publicada em 31 de março de 2008.

Resumo:

Atualmente o comprometimento das empresas com as questões ambientais vem se tornando um grande negócio onde o consumidor tende a comprar produtos e a confiar nos serviços de empresas que dão provas concretas de preocupação social e ambiental. Não se pode pensar em “Responsabilidade Social” como tática de conquista da simpatia do consumidor, embora muitas empresas tentassem por meio do Marketing manipulá-los e passar uma imagem enganosa do seu comprometimento social. Segundo estudos, as empresas que implantaram programas de responsabilidade social com transparência e ética criaram uma imagem positiva e realista e suas ações valorizaram-se no mercado de negócios. Nesta era de globalização acentuada, as empresas tornam-se mais competitivas quando investem em responsabilidade social com substância, transparência e ética.

Análise Crítica:

O texto critica a postura de certas empresas, que utiliza-se da responsabilidade social, como marketing para sua própria sustentabilidade, descompromissado com a essência do tema em si. Mostra-se elucidativa, alertando que, o mercado ainda não percebeu a relação de “simbiose” existente entre o negócio e as práticas de responsabilidade social, onde o negócio é necessário para a sustentabilidade das práticas, e a responsabilidade social é complemento fundamental para o desenvolvimento do negócio. Algumas empresas adotam políticas e práticas de responsabilidade social como forma de elaboração de relatórios minoritários, revestidos com estilo, mas com muito pouca substância, esquecendo-se da vinculação de dependência com seu público, o que irá necessariamente refletir nos resultados dos seus negócios. A conscientização da “responsabilidade social” com “sustentabilidade” por parte das empresas deve ser “reequacionada” para o bem da sua competitividade, fator essencial no sucesso do gerenciamento administrativo.










quinta-feira, 3 de abril de 2008

Consumidor quer Responsabilidade Social de Empresas

Introdução
Consultando o site http://www.administradores.com.br/noticias/consumidor_quer_responsabilidade_social_de_empresa/14754/ encontramos a notícia: “Consumidor quer Responsabilidade Social de empresa” de 02 de abril de 2008 às 00:03 que foi postada na revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios.

Resumo
Pesquisas realizadas pelo Instituto AKATU afirmam que 77% dos brasileiros estão interessados em saber o que as empresas têm feito em Responsabilidade Social.

A desinformação e o ceticismo é um grande desafio das empresas enganjadas no projeto. Relatórios revelam a necessidade em instruir os consumidores a selecionar organizações com propósitos éticos e valores em Responsabilidade Social, daquelas que utilizam projetos com intuito de manipular a imagem que contradiz suas metas corporativas.

Enquanto 24% dos consumidores entrevistados teriam intenção de comprar ou falariam a favor dos produtos como forma de premiação às empresas cidadãs e 27% considerarem a possibilidade de punir ou criticar produtos de empresas contrárias ao tema. Esses índices apresentam queda em relação a 2000, quando 39% mostravam intenção de premiar e 35% punir, refletindo uma consciência do consumidor brasileiro carente de informações sobre as ações das organizações, o que fica comprovado de 2007, 51% dos entrevistados declararem interesse mas pouca ou nenhuma informação em responsabilidade social.

Análise crítica
O autor é critico quanto ao posicionamento das empresas em não divulgarem suas ações referentes a responsabilidade social. Elas deveriam assumir uma postura informativa de seus projetos direcionados ao meio social e ambiental, visando sensibilizar e mobilizar o consumidor para que se manifeste com senso crítico.
Para o Instituto AKATU, existe uma parcela da população que desconfia da divulgação das ações de responsabilidade social por parte das empresas. Em entrevista 51% discordam da honestidade e veracidade das ações da empresa.
É preciso responsabilidade social com ética desvinculada do marketing, para que os consumidores possam diferenciar empresas que manipulam preferências ou atuem realmente de acordo com a responsabilidade social. Associando à Administração-sistema de informação gerencial, vemos a necessidade de divulgação da informação que é matéria-prima para a tomada de decisão ( inclusive do consumidor ).

terça-feira, 18 de março de 2008

Precisamos promover os direitos humanos

Autor: Raymundo Magliano Filho
Folha on-line de quinta-feira, 13 de março de 2008.
A matéria trata da carência de transparência e igualdade social no Brasil, assunto ligado aos direitos humanos. Relata a importância do papel da imprensa na divulgação de ocorrência de violações à vida e dignidade dos brasileiros. Aponta a declaração universal dos direitos humanos como uma possível garantia real de proteção dos direitos. Informa sobre a intenção da alta comissária dos direitos humanos da ONU, Louise Arbour, de propor uma ampla agenda de divulgação e defesa dos direitos humanos para este ano, culminando com o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humano em dezembro. Também afirma que as empresas já se encontram habilitadas a promover os chamados direitos sociais, consagrados na declaração universal. A inclusão social é imprescindível, faz-se necessário a disseminação dos direitos humanos para haver a evolução de que precisamos.
O autor esclarece a importância da responsabilidade social para a implementação dos direitos humanos na sociedade moderna. Focaliza a mídia como sendo a “vigilante” capaz de denunciar arbitrariedades que, porventura, ocorram contra a dignidade dos brasileiros. Seu pensamento está de acordo com a tendência atual de valorização da dignidade humana, não apenas na comunidade, mas também no meio empresarial. A presença de mão-de-obra humana tem sido valorizada hoje em dia, sendo, portanto necessário um envolvimento maior dos empresários em prol do bem-estar de seus funcionários. A promoção dos direitos humanos é um assunto de suma importância para a Administração, pois atualmente não é possível a uma organização manter-se a par deste tema. Cabe ao administrador o estudo profundo da responsabilidade social empresarial, para que as organizações alcancem seus objetivos, tendo como parceiro principal o ser humano, considerando-se suas individualidades, sentimentos, e outras tantas características próprias inerentes ao homem.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Responsabilidade Social:etica ou marketing?

Responsabilidade Social é o envolvimento da gestão, definida pela ética, com todos aqueles com os quais a empresa se relaciona, através do estabelecimento de metas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, seja através da preservação dos recursos ambientais e culturais, focando o futuro, com respeito à diversidade e buscando reduzir as desigualdades sociais, sem deter-se no marketing próprio de acordo com a Instituição Ethos.

Pretende-se então, apresentar uma nova realidade no mundo dos negócios, evidenciado por um movimento a favor da ética e da responsabilidade social. Uma nova postura para as organizações a fim de galgar sua permanência e crescimento neste atual mercado globalizado. Através do desenvolvimento de projetos sociais, às vezes em parceria com o governo, para amenizar os graves problemas sociais que afligem a sociedade. Desde que realizado com ética e de forma autêntica, não apenas para a própria promoção, sendo assim necessário que a empresa tenha incorporado ao seu pensamento a cultura de responsabilidade social, pois os projetos sociais demandam um compromisso sério, não apenas uma contribuição para um ou dois anos, ou até que se renove a diretoria ou obtenção de um prêmio. E, tendo em vista o processo de globalização, o avanço tecnológico, a acelerada propagação do conhecimento no mundo dos negócios, torna-se necessário aos gestores a alavancagem dos lucros, o aumento do retorno dos investimentos, pois sempre será cobrado pelos acionistas; porém a participação da organização nestes projetos auxilia na veiculação da imagem da empresa, proporcionando o êxito almejado aos administrados.
Escolhemos então este assunto porque acreditamos que as organizações empresariais devem manter uma postura ética em relação ao ser humano como um todo, e todas as esferas possíveis, tais como políticas sociais, meio ambiente, atividades culturais.